Pedro Abrunhosa

Текст песни Mais perto do c?u

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Pedro Abrunhosa
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Pedro Abrunhosa - Текст песни Mais perto do c?u

Enquanto eu te escrevo,
Saravejo morre lenta
uma morte amorda?ada
no sil?ncio dos tiros
e na paz da granada.
A noite acoita o metralhar
ser? homem ou fera
este triste uivar?
Posso ver as avenidas,
coloridas, presentes,
hoje sombras despidas
do passado distante.
A vez do vizinho
que hoje foi a enterrar,
sozinho, claro, que morrer ? ficar.
Os amantes ali est?o
abra?ados no asfalto
onde as balas l? do alto
os apanharam ? trai?o,
no cora?o, que ? o s?tio ideal
para quem mata a paix?o,
que amar ? fatal.

+ perto do c?u
anjo d'alma azul
+ perto do c?u
+ longe que o sul.

Calor, j? n?o h?,
s? se for o da mortalha
que ? o len?ol que me agasalha
e a cama onde me deito
e me enrolo sobre o peito,
recordando o c?u azul,
e quer a norte quer a sul
a liberdade de fugir.
Ficar a resistir,
morrer, nem pensar,
que a coragem de aqui estar,
como ontem em Guernica,
? a vontade de quem fica.
Vazia a dispensa
? pior a indiferen?a.
Auschwitz ou Buchenwald
que afinal foram debalde,
porque as c?maras de g?s
n?o ficaram para tr?s
est?o aqui ? minha frente.Pedro Abrunhosa - Mais perto do c?u - http://ru.motolyrics.com/pedro-abrunhosa/mais-perto-do-c-u-lyrics.html
Eu s? quero estar presente
de novo em Nurembrega,
porque um povo n?o se verga.

Refr?o

Por isso aqui estou
com arma sem muni?o,
carne para canh?o
para contar toda a verdade...
... e liberdade.
E no futuro, nem sequer se v?o lembrar
que tudo d?i, mesmo Tolstoi
lido ? luz da curta vela.
Saravejo donzela
tantas vezes violada,
sempre s?, abandonada.
Tudo o que tenho
? o empenho de quem sonha.
O sil?ncio ? vergonha,
arma mortal, punhal
que mata e maltrata
escondido, sem ru?do,
tantas vezes repetido,
e penetra no meu corpo,
que deixa morto
pelas costas...
sem resposta.
Agora ? de vez.
Faz frio no inferno deste Inverno.
Cada bomba ? uma sombra de indiferen?a.

Cren?a que tem que mudar.
H? que gritar e mostrar
ao mundo os mortos
que o mundo ignora
e demora a perceber.
Uso a caneta
que ? a minha baioneta,
pa?s eterno
que deixo no caderno
tenho medo que me esque?as
e me pe?as para calar a voz,
mas n?o o fa?as,
porque ontem foram ao outros
e hoje n?s.

Refr?o (2X)

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